Quem Criou o Mal?

Sl 113). Na verdade Deus só criou o mal, pois o bem faz parte da essência de Deus, faz parte da natureza de Deus. O bem é Eterno (Rm 11: 33-36). Deus é o próprio bem (I Jo. 4: 8). Deus só faz o bem (Mt 5: 43 45; Jo. 3: 16). Quer receber o bem de Deus chegue até Ele (Jr 29: 11-13; Jr 33: 3). Portanto, aquele que faz o bem não está longe de Deus (Lc. 25:7; Mc. 12: 28-34).

Por que Deus teria criado o mal? Qual a finalidade de Deus em criar o mal? Quando Deus fez o mal, Ele se colocou do lado mal e falou: “Eu sou o bem. Eu fiz o mal para caso você não me queira em sua vida, você tenha outra opção de escolha”. (Dt 30: 15).

Talvez se o mal não existisse, o bem não seria identificado, nem notado. Nós não iríamos desfrutar do amor de Deus (Jo. 3: 16; Rm 5: 1-5), do perdão dos nossos pecados na Cruz (Is 53: 1-11; I Co 1: 18-24; Cl 2: 4-15), do poder nome de Jesus (Fp 2: 9-11; Atos 3: 1-16) da justificação pelo sangue (Rm 5: 1-9), da misericórdia de Deus (Jr 9: 23). Talvez se o mal não existisse, nós não teríamos o direito de escolha, o livre arbítrio (Dt 11: 26). Se o mal não existisse não existiria Satanás e os demônios, só existiriam anjos e homens. Não existiria o livre arbítrio; pra que livre arbítrio? Só existiria o bem, pertenceríamos a um Deus ditador, que nos teria feito para satisfazer o seu ego; um Deus que não nos daria o direito de escolha. Graças a Deus que Ele nos dá o direito de escolha (Pv 23: 26; Sl 101: 6; Jo. 4: 23-24). O bem e o mal existem (Gn 2: 9; Lm 3: 37-38). O homem é que escolhe o qual ele quer servir (Dt 30: 15; I Rs 3: 1-9; Mt 6: 24ª). Como compreender a criação do mal? Primeiro temos que entender que antes de existir os céus, o céu dos céus, os anjos e os homens; Deus, Jesus e o Espírito Santo já existiam (Jo 17: 5; Gn. 1:1-2; Gn 11: 6-7; Gn. 1: 26; Jo 1:1-3; Cl 1: 15-17). No princípio Deus criou tudo (Sl 139: 12; Gn 1: 1; Hb 1: 10). Veja Que texto fala: Deus criou os céus e a terra. As coisas boas e más já faziam parte do plano de Deus (Is. 43: 13; Jó 42:2; Rm. 11: 33-36). Assim, para Deus criar as coisas boas e as coisas más, Ele precisaria criar antes o livre arbítrio, para que os anjos e os homens tivessem o direito de escolher o bem ou o mal (Mt 7:13, 14; Dt. 11:26; Dt. 30: 15- 19; Jr. 8:3).

O livre arbítrio é um direito de escolha que Deus deu aos anjos e aos homens. O livre arbítrio Deus criou antes dos anjos. Quando houve a rebelião no céu o livre arbítrio já existia, o bem e o mal estavam diante deles também. Lúcifer e uma terça partes dos anjos (Ap 12: 3-4ª) tiveram o direito de escolha, escolheram o mal (Ez 28: 13-15; Is 14: 11-14). Veja que outros dois terços dos anjos não seguiram Lúcifer (Sl 103: 20-21). Jesus teve o direito ao livre arbítrio, ele estava lá (Jo 17: 5; Lc 10: 18; Cl 1: 15- 20; I Jo 4: 9; Lc 1: 26-31; Jo 1: 1-18). Jesus o Filho do Homem (Rm 5: 12-15; Lc 1: 26-38; Lc 2: 1-7), como todos os homens também teve o livre arbítrio, poderia ter escolhido o mal (Lc 4: 1- 3 e 5- 7 e 9- 11), mas por amor a nós, e não por amor a si próprio (LC 22: 39-44; I Jo 4: 19), Ele optou por escolher o bem (Lc. 4: 4, 8, 12; Fp. 2:4-11). Agora vejamos outro homem que também teve o livre arbítrio. Adão teve a oportunidade de escolher; obedecer ou não obedecer á Deus (Gn 2: 4-17); o que ele fez? Escolheu o mal (Gn 3: 1-8). Desobedeceu e como conseqüência condenou à morte toda a humanidade (Gn. 3: 9-19; Rm. 5: 12-19).

Como compreender este mistério? Quando Deus fez tudo pelo poder de sua Palavra (Hb 1: 10; Hb 1: 1-5; Cl 1: 15; Hb 1: 8-9), Deus fez os anjos (Hb 1: 4), Deus deu vida a eles (Zc 3: 1; Hb. 1: 13,14) Junto com a vida veio o livre arbítrio. Deus colocou diante dos anjos o bem e o mal (Gn. 2:9). O episódio de Adão e Eva no Éden é uma simbologia do acontecimento no Céu com os anjos (Ap 12: 1-4 e 7-9). Da mesma forma que Adão e Eva optaram por escolher a desobediência, ou seja, se rebelaram contra Deus e como conseqüências eles foram lançados para fora do Jardim do Éden (Gn. 2:9-17; Gn 3: 1- 6 e 23), Lúcifer e mais uma terça parte dos anjos, foram os primeiros á optarem pelo mal (Ez 28: 15; Is 14: 11- 14), e como conseqüência eles foram lançados fora da presença de Deus (Lc 10: 18; Ap 12: 7- 9). Tornaram-se Satanás e seus demônios, condenados a viverem na escuridão, tendo como destino certo, o inferno (Is. 14: 12-17; Ez. 28: 13-17; Lc. 10: 17-20; Ap. 12:1-4).

A incredulidade de alguns estudiosos da Palavra tem feito com que eles acreditem e ensinem que Deus não criou o Mal. Isto é crer que, além de Deus, existe outro criador. Pensar desta forma é heresia (Is. 45: 6,7; Rm 11: 33-36; Lm 3: 37,38).

O livre arbítrio nos impede de transferir responsabilidade, culpar a Deus ou outras pessoas. A decisão é única e exclusivamente pessoal (Gn. 2: 15-17; Gn. 3: 11-13; Mt 27: 1- 4ª). Vemos aqui que Adão culpou Eva, Eva culpou a serpente, Eva e Adão desobedeceram a Deus, porque quiseram, foram responsáveis por escolherem o mal (Lm 3: 39; Pv 19: 3).

O segredo deste mistério está no livre arbítrio. O livre arbítrio está dentro dos anjos e dentro dos homens. Livre arbítrio é o direito da livre escolha que Deus deu aos anjos e aos homens. O livre arbítrio é uma lei espiritual criado por Deus (Gn 2: 16- 17). Deus não volta atrás em suas decisões, Deus não quebra as regras que Ele mesmo cria. Quem decide se quer o caminho do bem, ou do mal, somos nós, assim como os anjos. O livre arbítrio é o poder de decidir, este é um direito dos anjos e dos homens, e Deus não interfere nesta decisão, pois é uma decisão pessoal (Rm 14: 12; Gl 5: 7; Rm 2:6-8). Como Deus age no livre arbítrio, já que é onisciente e sabe o antes e o depois, ou seja, sabe tudo? Deus é onipotente e usa a sua onipotência para que mesmo ele sendo Deus e conhecendo tudo, não violar o direito de escolha do homem (Dt 30: 15). Deus age como se não soubesse o que vai acontecer, ou qual decisão vai ser tomada pelo homem, esperando a sempre a decisão do homem para depois agir (I Cr 28; 9; Jr 33: 3; Ap 3: 20; Jr 17: 9).

Apesar de Deus ter criado o mal, é da Sua vontade que os anjos e os homens não escolham o caminho do mal, mas sim o caminho do bem. Não foi da vontade de Deus que Lúcifer, uma terça parte dos anjos e Adão escolhessem o caminho do mal, assim como não é da vontade de Deus que uma grande parte da população mundial esteja no mau caminho (Pv 14: 12). Mas Deus insiste, através do Evangelho, que todos os homens peguem o caminho do bem (Jo. 3: 16; I Tm. 2:3- 5; Ap 3: 20).

Chego à conclusão no final deste estudo, que se Deus não tivesse criado o mal e o livre arbítrio, Deus não seria bom e nem justo com o homem (Jr 9: 23-24).

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